No dia 16 de maio – uma semana antes das […]

Seminário “Enfrentando a monotonia do sistema alimentar”, evento paralelo dos grupos do G20, acontece no dia 16 de maio

Escrito por Nathalia Figueiredo

em 14/05/2024 |

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No dia 16 de maio – uma semana antes das reuniões ministeriais do G20, em maio, acontecerá o seminário online “Enfrentando a monotonia do sistema alimentar: Oportunidades de ações nas iniciativas da Presidência Brasileira do G20”, sendo um evento paralelo dos grupos de engajamento do G20, o C20 (atores da sociedade civil) e o T20 (atores da academia e think tanks). Esse encontro é promovido pelo Instituto Comida do Amanhã, Cátedra Josué de Castro de Sistemas Alimentares, CEBRAP Sustentabilidade,  INCT – Combate à Fome, o Instituto de Defesa do Consumidor e o Instituto Fome Zero com apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS) e Global Alliance for the Future of Food.

A programação conta com debates internacionais sobre a monotonia alimentar e a relação com as forças-tarefa criadas pela Presidência brasileira no G20 deste ano: 

a “Mobilização contra as Mudanças Climáticas” e a “Aliança contra a Fome e a Pobreza”, que produzirão suas recomendações ao G20 no primeiro semestre de 2024. Interessados no evento podem se inscrever gratuitamente aqui.

O objetivo será analisar o modelo atual dos sistemas alimentares e seus impactos severos sobre a saúde pública e os limites planetários. Algumas características dos sistemas alimentares predominantes são a dependência de combustíveis fósseis, produção de ultraprocessados e modelos de criação animal concentracionárias, o que resulta em poluição do meio ambiente, perda de biodiversidade, problemas sociais e na saúde, questões essas que devem ser enfrentada com rigor pelo G20 e que as soluções para enfrentar a monotonia dos sistemas agroalimentares podem e devem vir de experiências bem-sucedidas no Sul Global.

Para Juliana Tângari, diretora do Comida do Amanhã, não é possível combater a fome e enfrentar a emergência climática sem trazer uma perspectiva sistêmica para o debate. “Pensar em sistemas alimentares e sua necessidade de transformação requer ação governamental, compromissos globais e atenção às ações locais. É isso o que esperamos neste debate: mostrar que a agenda do governo Brasileiro na presidência do G20 é uma grande oportunidade de trazer atenção e compromisso de enfrentar o desafio da atual monotonia dos sistemas agroalimentares”, afirmou.

A conferência irá contar com a moderação de Juliana Tângari, diretora do Comida do Amanhã; abertura da coordenadora do C20 Mariana Macário, gerente de Políticas Públicas da Ação da Cidadania, Brasil; e painéis de Thiago Lima, da Trilha das Finanças do G20, Ministério da Fazenda;  de Saulo Ceolin, da Força-Tarefa para Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, Ministério das Relações Exteriores, Ricardo Abramovay, professor titular da Cátedra Josué de Castro/USP; Janet Maro, diretora do Programa de Agricultura Sustentável da Tanzânia; Abhishek Jain, pesquisador em agricultura e energia sustentável na Índia; Claudia Martinez, do Food and Land Use Coalition Colômbia; Vanda Maia, gestora pública  de Santarém/PA, uma das cidades LUPPA; e Alejandro Calvillo, do El Poder del Consumidor do México; com considerações finais de Fernanda Machiavelli, do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Para Fernanda Marrocos, pesquisadora da Cátedra Josué de Castro, , a cooperação multilateral impulsionada pelas iniciativas do G20, com destaque especial à organização de um G20 inclusivo durante a presidência brasileira, pode minimizar os resultados adversos do atual sistema agroalimentar e impulsionar padrões de produção e consumo alimentar mais saudáveis e diversificados. Tal fato requer uma reorientação drástica dos subsídios para a agricultura e pecuária em escala global, bem como políticas que incentivem a diversificação da produção e dos padrões alimentares para promover a saúde humana e planetária.

O evento será transmitido pela plataforma Zoom com tradução simultânea em inglês e português e é aberto a pesquisadores, ativistas alimentares, autoridades públicas, organizações internacionais, redes internacionais de sistemas alimentares e clima e representantes dos grupos de trabalho do G20.

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