O ano eleitoral é uma oportunidade para reafirmar o compromisso […]

Em relatório do Painel de Alto Nível de Especialistas em Segurança Alimentar e Nutricional (HLPE – FSN) lançado nesta terça-feira, 02, o Laboratório Urbano de Políticas Públicas Alimentares (LUPPA) recebeu um destaque como rede nacional de cidades. O HLPE é um órgão auxiliar nos trabalhos do Comitê de Segurança Alimentar Mundial da ONU que todo ano se debruça sobre um tema e lança um relatório de análises técnicas e recomendações de política pública. Este ano, seguindo os passos do relatório “Estado da Segurança Alimentar e a Nutrição no Mundo” (SOFI) de 2023, o tema eleito foi o dos sistemas alimentares urbanos e periurbanos e o contexto da crescente urbanização mundial, com o objetivo de alcançar a segurança alimentar e nutricional das populações que vivem nestas áreas. Apresentando uma análise profunda dos desafios e oportunidades, e mostrando como as zonas periféricas têm um impacto importante nos sistemas alimentares, influenciando a produção, a distribuição e os padrões de consumo a nível mundial. Além disso, o relatório também destaca a importância de uma governança em vários níveis, multilateral, com diversos atores e a relevância das redes de cidades dão apoio para os municípios avançarem na gestão dos sistemas alimentares, trazendo como exemplo o LUPPA. O LUPPA é o maior laboratório de políticas públicas alimentares do mundo, um programa do Instituto Comida do Amanhã em correalização com o ICLEI Brasil, com o objetivo de facilitar a construção de políticas alimentares municipais integradas, participativas e com abordagem sistêmica. Para Juliana Tângari, diretora do Comida do Amanhã e coordenadora do LUPPA, esse destaque reconhece a relevância do trabalho que o LUPPA está realizando no Brasil. “Assim como o IPES-Food em 2023, o HLPE reconhece a relevância das redes de apoio às cidades, especialmente das redes de cidade de âmbito nacional, e tal como o IPES-Food, cita o LUPPA como exemplo de mecanismo de apoio e facilitação para as cidades. Mais uma vez o LUPPA é inserido num rol de poucos exemplos mundiais, sendo o único do Sul Global, indicando a relevância do trabalho que estamos fazendo por aqui”, destacou. Este relatório é uma ferramenta importante para formuladores de políticas públicas, pesquisadores e partes interessadas dedicadas a garantir a segurança alimentar e nutricional no contexto da rápida urbanização. Acesse o relatório completo em: https://www.fao.org/cfs/cfs-hlpe/publications/hlpe-19. Sobre o LUPPA O LUPPA é um programa do Instituto Comida do Amanhã em correalização com o ICLEI Brasil, com o apoio pleno do Instituto Ibirapitanga, do ICS – Instituto Clima e Sociedade e da Fundação José Luiz Egydio Setúbal e da Porticus, apoio institucional da FAO Brasil – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura e parceria metodológica da Reos Partners.

Escrito por Nathalia Figueiredo

em 03/07/2024 |

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O ano eleitoral é uma oportunidade para reafirmar o compromisso com o direito humano à alimentação. Pensando em propor um caminho para colocar a comida no centro da mesa nas eleições, o Instituto Comida do Amanhã lança, nesta quarta-feira, 3 de julho, a agenda “Como integrar a agenda da alimentação saudável, justa e sustentável às propostas de governo nas eleições municipais”, destinado a candidatas e candidatos em campanha para as eleições municipais deste ano.

O produto evidencia o que são políticas alimentares e quais poderiam ser as propostas ideais para os planos de governo municipais comprometidos com a pauta da alimentação saudável, justa e sustentável. O material contém recomendações para auxílio na construção de políticas alimentares direcionadas ao combate à pobreza, combate à fome, abastecimento e produção local, acesso à alimentação saudável, compra pública de alimentos, educação alimentar e nutricional, à promoção de sistemas alimentares circulares, adesão a compromissos nacionais e internacionais, além da criação de estruturas de governança e dados e diagnósticos que ajudem a localizar as oportunidades e desafios de cada município.

O conteúdo foi produzido por Juliana Tângari, diretora do Comida do Amanhã, e Tárzia Medeiros, assessora de políticas públicas do Comida do Amanhã. A Juliana explica que a agenda completa da alimentação saudável e sustentável muitas vezes não entra nas pautas das candidatas e candidatos ao governo municipal, que olham apenas para o combate à fome, para a geração de mais trabalho e renda, ou para a ampliação das áreas verdes, ou ainda para a melhoria da saúde das crianças, e não atentam para que todas essas e muitas outras ações podem e devem ser vistas com um olhar integrado. “Há tanta coisa que os municípios já fazem. Precisamos ressignificar, reorientar, à luz da garantia da alimentação saudável para todas as pessoas. Uma cidade comprometida com o futuro é uma cidade que coloca a comida no centro do seu planejamento “, complementou. 

As propostas apresentadas no material são uma contribuição para que mais cidades brasileiras alcancem e consolidem políticas estratégicas com coerência, participação social e visão sistêmica da alimentação, abrindo mão de medidas assistencialistas para dar espaço a planejamentos que considerem as oportunidades e desafios de cada cidade.

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